Monday, April 14, 2008

13 de Abril de 2008 – 00:52

Me sinto velho, e pode acreditar que é uma merda de sentir velho aos 18 anos. Acho que é porque não me sinto velho fisicamente, mas me sinto velho espiritualmente. Que grande merda eu estou falando, nem sei ao menos como é ter qualquer idade espiritualmente, quanto mais ser velho assim. Talvez eu viva em um mundo da imaginação ridículo onde minha cabeça inventa situações e outras porcarias do tipo. Estou com saudade de casa, mas sei que se voltar pra lá vou me sentir infeliz e querer ir pra algum lugar que não sei onde. Gostaria de saber que lugar é esse que eu tanto desejo estar. Parece que por mais que eu procure eu nunca vou achar um lugar para mim. A dramaticidade é outra coleira que eu não consigo soltar. Que lixo. Lixo, lixo, lixo. Estou atolado de merda até o pescoço. Mesmo quando as coisas parecem boas aparecem as porcarias pra cuspir em minha cara e me mostrar como eu sou ridículo. Ás vezes tenho a impressão de que seria ótimo se todos sumissem da minha frente por algum tempo, mas depois penso que eu mesmo devia sumir da minha frente, e isso é impossível. Textos de merda, escritos uns atrás dos outros. Venho aqui e vomito essas palavras horríveis nessas porcarias. Inundo as páginas brancas com meu lixo tóxico. Tenho vergonha de mim mesmo, para mim mesmo. Digo isso porque escrevo isso só pra mim e só quem lê sou eu mesmo. Se eu pudesse dizer alguma coisa para mim mesmo (e acho que posso fazer isso) diria que sou um merda e imploraria para que eu parasse de escrever e parir mais textos de merda no mundo. Vá beber, jogar baralho, foder, andar, dormir, ou fazer qualquer outra coisa menos escrever. Mas o outro eu responde como o filho da puta que ele é que não pode fazer outra coisa. Que nasceu para escrever e que acha que tem talento e bla bla bla. Os dois eus ficam brigando. Dois babacas, pensa o terceiro eu. Na verdade ainda não sei quem é esse terceiro eu. Talvez seja um meio-termo entre o eu que se acha o máximo e o eu que se acha um merda, e talvez seja o pior dos eus. Agora penso que com esse raciocínio eu estou finalmente enlouquecendo, mas acho que ainda é cedo pra isso. Os três eus ainda têm muito a brigar. Quem sabe não aparecem mais dois ou três eus para foder com tudo de uma vez por todas¿ Não vejo mal nisso, juro que não vejo. Seria ótimo. Uma briga de tirar o fôlego. Socos e pontapés pra lá e pra cá. Enforcamentos e voadoras (sempre gostei desses golpes) e outras coisas do tipo. Só acho que seria interessante pedir ao meu eu vencedor que tenha um pouco de dó de mim, o rei dos eus.

12 de Abril de 2008 – 03:07

Pra ser bem sincero, eu não estou escrevendo muito, mas ao mesmo tempo estou escrevendo muito. Essa dualidade se deve ao fato de que talvez eu não estou mais escrevendo para as outras pessoas, estou escrevendo para mim, e isso é realmente ótimo. Agora com meu próprio computador eu tenho meu próprio diário. Estou atualizando ele a cada dois ou três dias e não mantenho nenhuma relação obrigatória com ele. Estou muito feliz com esse meu diário. Ainda não parei para ler as coisas que escrevi até agora. Talvez esse seja um bom momento para fazer isso, mas prefiro não estragar essa sensação prazerosa ao re-ler os textos e achá-los horríveis como acontece freqüentemente com as coisas que eu escrevo e releio. E pra ser sincero eu quase nunca consigo reescrevê-los novamente. Desconfio de alguns motivos para isso. O maior deles talvez seja o fato de que eu tenho medo de apagar as impressões reais e vivas que deixei ali. Por isso por pior que o texto seja me falta coragem para modificá-lo.

Ás vezes tenho uma impressão (pra ser mais sincero um sonho) de que um dia alguém (não só alguém, muitas pessoas no meu sonho) vai ler essas coisas e se identificar e realmente gostar, e quem sabe até mesmo sentir a mesma coisa que eu sinto em relação ao Fante, ao Salinger, ao Buk, ao Burroughs e a outros assim. Muito provavelmente essa seja talvez só mais uma das minhas viagens fantasiosas sobre a minha vida e meu futuro, mas em partes eu gosto de pensar assim. O único problema é que quando caio em si tenho um terrível sentimento de impotência e de inferioridade. Será que todos os escritores também passam ou já passaram por isso¿ É engraçado eu me colocar como um escritor. Geralmente eu nunca faria isso, e acho que só estou fazendo agora porque essa é uma divagação de mim comigo mesmo. Um tanto egocêntrica creio eu, mas não posso negar que me faz bem.

Pra ser bem sincero estou gostando um bocado desse texto. Um bocado não, talvez só um pouco, mas acho que provavelmente eu deva mostrá-lo para alguns poucos amigos e ver a opinião deles. Esse é outro problema bom e ruim. Preciso da opinião dos outros sobre os meus textos para me afirmar. Mesmo quando leio minhas próprias coisas e raramente acho alguma coisa fantástico ao ponto de duvidar por alguns instantes que eu tenha escrito aquilo por mim mesmo eu ainda me importo com o fato de se as outras pessoas vão achar tão bom quanto eu achei. Geralmente elas não acham. Não dizem isso com estas palavras, mas o fato de se omitirem é claro para mim de que o texto não passou de mais umas linhas lidas pra elas e de mais alguns minutos perdidos em suas vidas. As poucas coisas que escrevi que tiveram algumas críticas positivas foram relatos depressivos e textos de sentimentalismo barato. É outra coisa que já tentei me curar, mas depois de um tempo percebi que é impossível parar de sentir. Depois de perceber isso comecei a tentar direcionar meus sentimentos para outras coisas. Não digo outras fontes de expressão, porque escrever é talvez a única coisa que eu gosto de fazer. Se talvez eu tocasse violão provavelmente faria algumas baladas sentimentais do estilo Ryan Adams. Pra falar a verdade eu até arrisco escrever algumas músicas, e então me junto com meu amigo Hermano e fazendo sons com a boca e usando outras músicas relativamente parecidas como comparativo peço para ele ir fazendo a melodia assim e assado até chegarmos num consenso do melhor para a música. Funcionou algumas vezes. Fizemos uma meia dúzia de músicas assim, umas duas ou três realmente boas eu acho.

Também queria entender o fato de eu me apaixonar e desapaixonar tão fácil das garotas em geral. Tem dias em que penso em determinada garota com grande freqüência e intensidade mas dois ou três dias depois é como se um encanto houvesse passado e ela fosse como todas as outras. Já me peguei ficando apaixonado por garotas que vejo na rua e que nunca mais verei novamente, ou até mesmo por garotas que vejo com freqüência e nunca tinha pensado algo a mais até aquele momento. E depois passa. E outras vêm. E tudo continua a mesma coisa, na grande maioria das vezes (acredite, a grande maioria mesmo) eu nem ficando com elas e nem falando sobre o que sinto ou deixando transparecer. É como se guardasse aquilo para mim, com medo de machucar a mim e aos outros. E cá estou eu falando de sentimentos outra vez, que babaquice. Poderia falar sobre tantas coisas em meus textinhos vagabundos, mas sempre que vejo me pego no flagra falando sobre sentimentos e sobre minha opinião sobre isso ou aquilo. É um tanto egocêntrico, muito egocêntrico pra falar a verdade, mas não me sinto tão culpado por isso. Não vejo muita graça em escrever sobre outras pessoas, embora acredite que existem motivos em que isso é muito prazeroso e bem vindo. Creio que a maioria dos escritores escreve sobre si mesmo e para si mesmo, e aqueles que não fazem isso tornam-se gigolôs da literatura, vendendo seu talento com as palavras para romantizar histórias de quem pagar mais. Se bem que pensando nisso agora vejo que o jornalismo talvez seja a maior dessas prostituições, e pasmem, eu fazendo essas críticas e estudando jornalismo. Acho que o melhor mesmo seria não julgar ninguém como eu costumo fazer, e o que me faz melhor. Não creio que toda forma de julgamento alheia seja necessariamente maldosa. Acho muitas pessoas realmente chatas, a grande maioria na verdade, mas não me importo em destratá-las ou qualquer coisa assim. Só tento com o máximo de dedicação ficar o mais afastado possível delas para que elas não me chateiem ainda mais. Infelizmente isso é impossível. Em qualquer lugar que vou tem sempre alguém que me chateia bastante. Tento pensar que isso é só a vida como ela é. Em qualquer lugar do mundo e em qualquer tempo da história.

12 de Abril de 2008 - 03:02

Estou no meu quarto de pensão, ouvindo o Rock N’ Roll do Ryan Adams e fumando um cigarro e posso garantir que essa é a melhor coisa que eu poderia estar fazendo nessa madrugada de sexta. I’m as lonely as boys, who as lonely for girls. Ontem na porta do show dos Dolls eu e os caras estávamos comentado e alguns de nós afirmaram que Ryan é seu maior ídolo vivo. Eu não tenho dúvidas disso. Tirando o Thunders e o Fante ele talvez seja meu maior ídolo. Não sei muito bem dessas coisas de ídolos. Eles estão lá como santos em meu altar mas nunca se sabe como eles são realmente. Eu estou ali admirando o artista e crendo que a pessoa também seja da mesma genialidade, coisa que eu talvez jamais venha a saber. No caso do Fante e do Thunders nunca vou saber mesmo. É um tanto estranho. Penso nos caras diariamente na minha vida. Estabeleci uma relação de cumplicidade e amor com eles e nunca sei como seria do outro lado. Deve ser um bocado duro esse negócio de ser um artista talentoso. Pelo menos nisso eu tive sorte de ser um escritor de merda. Pelo menos por enquanto.

9 de Abril de 2008 – 23:02

A Avenida Paulista está em obras, e você pode imaginar como fica a avenida mais movimentada do país quando suas calçadas estão em obras. Para o tráfego dos pedestres eles deixaram pequenos espaços isolados com fitas entre as calçadas e as caminhadas por ali ficaram muito mais demoradas. Confirmei isso hoje quando fui da minha casa aqui na altura da Joaquim Eugênio de Lima até a Augusta para comprar o ingresso do show dos New York dolls para um amigo. Se o trânsito em São Paulo sempre foi caótico, agora os pedestres também podem sentir isso na pele. O pior de tudo não são nem as obras, que desconfiadamente eu sei que são para o bem da cidade, mas sim a velocidade de pessoas que impõe seu ritmo lerdo de andar e fazem com que em algumas horas você simplesmente arraste os pés e ande a 2 km por hora como se estivesse em uma passeata ou coisa parecida. A maioria das pessoas tem pressa. São Paulo não para. Todos têm sempre que fazer alguma coisa. Eu sou uma exceção. Salvo alguns trabalhos da faculdade e coisas tipo o que fui fazer hoje eu levo uma vidinha bem tranqüila na Paulicéia, mas isso não significa que eu não queira chegar rápido aos meus destinos. Eu sempre andei rápido e pretendo continuar assim. Já estou um pouco acostumado com passos largos e velozes e freqüentemente quando estou caminhando com algumas pessoas elas me pedem para que eu diminua a velocidade.

9 de Abril de 2008 – 23:01

Salvo as bitucas de cigarro estou indo muito bem na minha política de não jogar lixo na rua. Nisso incluem-se os papéis de bala e notas fiscais de qualquer coisa que eu vivo achando nos meus bolsos quando chego em casa.

05 de Abril de 2008 – 01:50

Well there’s a little bit of whore in every little girl. Puta que pariu. Puta que pariu. Se algum dia nascer alguém igual Johnny Thunders me avisem porque eu provavelmente já vou estar debaixo da terra. Eu tava há um tempo sem esse cara nos meus, e continuo estando praticamente sem, porque desde que mudei aqui pra São Paulo pro meu quartinho de pensão que vive quente (mesmo que o tempo lá fora esteja bem frio, como hoje, talvez por causa do cigarro) eu estou só com umas pouquíssimas músicas e felizmente um amigo me passou algumas pela internet e little bit of whore que sempre foi uma das minhas preferidas foi uma delas. Agora to ouvindo Let Go e puta que pariu mais uma vez. Eu dispenso comentários pra alguém assim. Por mais que eu tente eu não vou lembrar da primeira vez que eu ouvi thunders, mas eu lembro que ao longo da minha adolescência (que eu acho que ainda não acabou, afinal, tenho 18 anos e em inglês ainda é eighteen) esse cara mexeu comigo de uma forma incrivelmente espetacular. Algumas minas passaram pela minha vida com ajuda ou influência dele, uma delas marcou, mas eu não me importo mesmo porque agora eu estou aqui e começo a pensar que com algo no estomago, alguns cigarros, uma garrafa de vinho, um bom filme (como o que eu vi hoje, o clássico singing in the rain) e Johnny Thunders pra ouvir eu estarei realmente FELIZ mesmo, pra caralho, de modo que eu não sei explica e só queria vestir minha camisa do LAMF e colocar um chapéu e abrir meu guarda-chuva e ficar aqui deitado na minha cama de cuecas e pedir que alguém tirasse umas fotos assim, com minha garrafa de vinho ainda inteira ou pela metade ou com quantidade suficiente pra dar uns goles e dar uns tragos no cigarro e uou! É isso aí.

Friday, April 04, 2008

Distribuição de heinekem de graça na frente da faculdade. Agora eu acredito em Deus!

04 de Abril de 2008 – 06:15

Dia desses fui a casa de uma amiga escritora e ela me perguntou se eu andava escrevendo. Eu disse que sim e que não conseguia viver sem escrever. – Consegue sim. Ela retrucou. Parei pra pensar sobre isso um tempo depois e comprendi que ela tem razão. Cheguei a essa conclusão agora a pouco quando parei pra pensar em como tinha sobrevivido até que aprendesse a ler e escrever, e como tinha transformado isso em algo diferente pra mim.Eu não, eu realmente não sei. Talvez eu seja um mentiroso por natureza. Talvez eu seja só um iludido. Que tipo de louco fica pensando nisso ás 06:16 da manhã de uma sexta sem ainda ter dormido¿ Eu com certeza sou um desses. Eu estou sempre pensando em algumas coisas desse tipo, quando não em coisas piores. Talvez eu deva procurar um psiquiatra. Essa é uma possibilidade que eu já venha deslumbrando há algum tempo mas que ainda não consegui tomar a iniciativa. Talvez eu deva arrumar um emprego e continuar fazendo as mesmas coisas que eu faço no resto do dia. Ou talvez eu deva esperar que Deus me ilumine e faça com que tudo fique bem. Isso seria maravilhoso.

03 de Abril de 2008 - 18:38

Não sei o que me da mais raiva. Se é pagar 20 reais pra uma costureira grossa e mal educada fazer um ajuste em uma calça e ela ainda fizer errado, se é ser enganado por uma propaganda enganosa de uma empresa de telefonia móvel sem vergonha e assinar um contrato para uma internet com velocidade de 1mb e só conseguir ter conexões de no máximo 100kbps, ou seja, 10% do prometido, ou se é ficar quase duas horas no atendimento por telefone da mesma empresa e ainda ouvir do atendente a resposta de que o departamento jurídico deles já esta preparado a minha ameaça de processo.

03 de Abril de 2008 – 18:33

Uma coisa que me irrita são as velhinhas que ficam na parte do sacolão do supermercado Extra da Brigadeiro Luiz Antonio andando pra lá e pra com seus carrinhos em uma velocidade extremamente lenta, atrapalhando todo o tráfego de quem quer passar por ali e chegar até a lanchonete para almoçar ou jantar e escolhendo as frutas e legumes com olhar clínico e demorado. E se por acaso você esbarra sem querer numa delas ou num de seus carrinhos te olham com um olhar ameaçador esperando para que você peça desculpas ou algo do tipo. Não tenho nada contra velhos, existem alguns até muito simpáticos e creio que devemos muito do que temos hoje a eles, mas não da pra negar que existem alguns que são muito chatos. Também existem muitos jovens chatos, mas felizmente eles ainda não chegaram a idade de andar com seus carrinhos em lentidão profunda e bloquearem o tráfego pelos corredores do supermercado.

3 de Abril de 2008 – 18:28

Saí da loja da Claro da avenida Paulista onde estava resolvendo uns problemas da porcaria da Internet G3 que fiz a cagada de assinar e a chuva caia sobre São Paulo, como quase sempre na terra da garoa. O grande problema era que eu não tinha um guarda chuva, e apesar de minha casa ficar só a três quadras dali eu previ que chegaria ensopado. Pra minha sorte um vendedor ambulante anunciava seus guarda-chuvas logo na frente da loja.
- Quanto custa?
- O grande é 10 e o pequeno é 5.
Pedi pra ver o pequeno. Abriu o guarda chuva e o analisei por alguns instantes. Por 5 reais pode-se prever que seria dos mais vagabundos, e realmente era, mas resolvi comprar mesmo assim. Saí dali com o guarda-chuva já aberto e atravessei a avenida Paulista. No canteiro enquanto esperava o sinal fechar a chuva aumentou. O guarda-chuva vagabundo me salvava. Os carros se enfileiravam e como sempre acontece em São Paulo nos dias de chuva o trânsito da avenida Paulista sentido Consolação começava a ficar caótico. Buzinaço, carros devagar com homens de terno e gravata e mulheres de roupa social falando ao celular. Moto-boys com suas botas e capa de chuva pretos passavam achando brechas entre os carros e levando vantagem no trânsito infernal. Atravessei a rua e ao lado do Mc Donalds entrei na Joaquim Eugênio de Lima. A chuva caia e fazia estalos no pano vagabundo de meu recém comprado guarda-chuva. Olhei ao redor e vi todas as pessoas andando pra lá e pra cá com seus guarda-chuvas. Algumas de capa de chuva. Como elas sabiam que ia chover? Pareciam preparadas para algum dilúvio. É de se esperar que os paulistanos andem sempre esperando que um toró caia sobre suas cabeças a qualquer hora do dia ou da noite. As pouquíssimas pessoas que não tinham guarda-chuva se protegiam embaixo de uma banca de jornal e de uma marquise de hotel. Continuei caminhando abaixo. Na rua seguinte virei a esquerda na Alameda Ribeirão Preto. Mais alguns passos e cheguei na frente da pensão onde moro. A senhoria também estava chegando por ali com seu guarda-chuva rosa. Ela parecia sempre estar ali na frente, ou andando ali por perto, ou limpando a casa lá dentro. Era um tanto onipresente. Todos os dias em que eu saia encontrava com ela em algum lugar das redondezas. Ás vezes andava uma ou duas quadras e encontrava ela voltando pra casa ou indo pra algum outro lugar. Me cumprimentava com um sorriso e eu respondia com um – Olá Dona Santina.
Cheguei em meu quarto e sentei na cama. Acendi um cigarro e fiquei olhando para o teto e para as paredes por um tempo.